Na Universidade da Califórnia em São Francisco (UCSF), nos Estados Unidos, às sextas-feiras, um grupo rotativo de 50 professores de diferentes departamentos da instituição se reúne durante o almoço para debater pesquisas em andamento em diferentes áreas.
Periodicamente, duplas de professores da UCSF também realizam minicursos intensivos, com duração de duas semanas e voltados para grupos de até 12 estudantes, nos quais abordam lacunas do conhecimento em suas respectivas áreas de pesquisa.
As duas iniciativas, além da própria maneira como os edifícios e os programas de pesquisa desenvolvidos no novo campus da instituição foram planejados e construídos, integram um conjunto de medidas colocadas em ação pela UCSF nos últimos anos de modo a promover uma colisão aleatória de pessoas e ideias em suas dependências – e, com isso, criar um ambiente propício para o surgimento de pesquisas inovadoras.
O relato foi feito por Bruce Alberts, professor emérito do Departamento de Bioquímica e Biofísica da UCSF durante conferência no dia 3 de agosto no auditório da Fapesp com o tema “Scientific excellence: ways and means of difussion”.
Na avaliação de Alberts é preciso que as universidades e instituições de pesquisa se estruturem e organizem programas de pesquisa de modo a estimular a realização de estudos inovadores e ciência de excelência.
Uma das formas para fazer isso – que Alberts indicou com base em mais de 30 anos lidando com universidades e instituições de pesquisa e com política científica e tecnológica – é apoiar um conjunto de laboratórios de tamanho modesto, com no máximo 12 pesquisadores que sejam liderados por um pesquisador independente “excelente e inovador”.
(Com informações da Agência Fapesp. A íntegra da matéria pode ser acessa em http://agencia.fapesp.br/16006)
No boletim ViaInTc - Setembro de 2012
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